Entre os dias 27/08 a 03/09 foi realizada em Roraima a segunda rodada de oficinas do Diagnóstico Participativo da Usina Hidrelétrica – UHE BEM QUERER, que teve como tema “Potencialidades e Fragilidades do Meio Biótico”.
O Diagnóstico Participativo, previsto no Plano de Comunicação e Relacionamento – PCR da UHE Bem Querer, tem como objetivo promover espaços para que a sociedade possa apresentar e conversar sobre as características da região com o Consórcio Walm-Biota, equipe responsável pela elaboração do Estudo de Impacto Ambiental – EIA da UHE Bem Querer. Durante as oficinas são apresentados e debatidos os aspectos positivos e os pontos de atenção relacionados às fragilidades já identificadas e enfrentadas pela população local. Como resultado final do Diagnóstico Participativo uma publicação, contendo as informações levantadas nas oficinas, será distribuída para todos os participantes.
A segunda rodada das oficinas, realizada nos municípios de Bonfim, Cantá, Iracema, Mucajaí, Caracaraí e Boa Vista, contou com representantes locais de diversos setores: agricultura, pesca, comunidades indígenas, poder público, indústria, setor elétrico, pesquisa e ensino. Participaram representantes de 48 instituições, sendo 29 instituições governamentais e 19 da sociedade civil.
A troca de informações sobre a fauna e a flora local, – ou seja, animais e plantas da região – os ecossistemas locais, as diferentes paisagens e a relação entre os modos de vida da população e a natureza foram os pontos altos da oficina. Pela manhã tratou-se do tema ecossistemas aquáticos (link apresentação) e no período da tarde, ecossistemas terrestres (link apresentação). As informações compartilhadas pelos atores locais são fundamentais para a elaboração do EIA da UHE Bem Querer, tanto no diagnóstico e na avaliação de impactos, quanto na proposição de programas socioambientais. (link para etapas do LA).
Também foi a apresentada uma maquete para esclarecer o funcionamento de uma usina a fio d’água¹. Nesta atividade interativa os participantes puderam tirar várias dúvidas sobre o funcionamento de uma hidrelétrica.
A próxima oficina, prevista para outubro de 2019, abordará as questões socioeconômicas da região.
Referencia:
(1) – “O reservatório da UHE Bem Querer irá operar a fio d’água, ou seja, sem alteração de nível da água. Existem dois tipos de operação de reservatórios de usinas hidrelétricas: acumulação e fio d’água. Os reservatórios de acumulação permitem o acúmulo de grande quantidade de água nos períodos úmidos e funcionam como estoques a serem utilizados em períodos de estiagem, além de permitir a regulação da vazão do rio para regiões a jusante. Já os reservatórios a fio d’água geram energia sempre com a vazão disponível no rio naquele momento, com mínimo ou nenhum acúmulo do recurso hídrico.”